quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Prova de Amor incondicional á Literatura...

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Prova de Amor incondicional á Literatura...: "Gente... encontrei essa linda prova de amor á Literatura e achei incrível poder compartilhá-lha pois concordo em todos os sentidos com tudo ..."

Prova de Amor incondicional á Literatura...

Gente... encontrei essa linda prova de amor á Literatura e achei incrível poder compartilhá-lha pois concordo em todos os sentidos com tudo que aqui é questionado , comentado e pensado... Experimentem...



Não sou muito dada a inícios convencionais de ano. Recomeço tantas vezes num ano só e sempre em datas imprevistas que não vejo muito sentido em festejar um dia específico do calendário. E o fato de não encontrar sentido na comemoração da data não me torna nem melhor nem pior do que ninguém. Mas como de algum modo a maioria das pessoas para – ou é parada – nessa época para pensar na vida e promover um recomeço simbólico, quero dar uma sugestão. Além das metas de sempre – parar de fumar, perder uns quilos, se matricular na academia de ginástica etc etc –, minha proposta é que cada um de nós se arrisque a descobrir a literatura. Tenha a coragem de chutar para o ano que passou a surrada desculpa do “não tenho tempo para ler” e se carregar para o futuro com espaço para o novo que vem das letras. Por quê? Por nada de útil. Por tudo o que importa.No Paiol Literário, um evento que leva a Curitiba escritores para uma entrevista pública, há uma pergunta clássica e recorrente: “A literatura é capaz de transformar o mundo?” Ela vem entrelaçada a uma outra: “Qual é a importância da literatura na vida cotidiana de cada um?”. Quem criou essas duas perguntas no início do projeto, em 2006, foi José Castello – jornalista, crítico literário, escritor e uma das pessoas mais gentis que andam por esse mundo. Depois, Luís Henrique Pellanda, também jornalista e escritor, seguiu com elas ao substituí-lo no posto de entrevistador.
Perguntei a Pellanda se ele poderia emprestar algumas respostas colecionadas ao longo dos anos para publicar aqui nesta coluna. E ele, que também é um homem muito gentil, me enviou sete. Eu escolhi as três que mais me cutucaram com um dedo delicado, mas incisivo, para compartilhar com vocês nessa conversa de virada de ano. Acho que são respostas que dão coceira na alma. E coceiras da alma, na minha opinião, só se resolvem com arte. Com literatura.
Sérgio Sant’Anna, autor, entre outros, de Um Crime Delicado e O Voo da Madrugada, ambos publicados pela Companhia das Letras, respondeu que a literatura dá ao leitor uma possibilidade imperdível: “Ler não é só adquirir conhecimento ou experiência de vida. É também a possibilidade de ter outra vida, de viver o imaginário. E não é só o escritor que tem isso. O leitor também tem. Ele é um cara que vive dupla ou triplamente”.
E, em seguida: “A literatura é um ato de prazer, que não deve ter segundas intenções. Ela dá aos leitores um espaço muito maior. Se você está lendo um livro, se vê obrigado a criar junto com ele — algo que, na televisão, não existe. Na TV, você pega as coisas mais mastigadas, uma torrente de anúncios e de segundos interesses. É muito ruído.”
Silviano Santiago, autor, entre outros, de O Falso Mentiroso e Anônimos, ambos editados pela Rocco, diz que todo leitor é também escritor. Ele afirma: “É inegável que a literatura tem uma função, assim como todas as artes têm. O primeiro cuidado a ser tomado, se a gente fala da função da literatura, é não fazer uma divisão entre produtor e consumidor. Ou seja, não fazer distinção entre escritor e leitor. Acho que a literatura tem a mesma função para ambos. Não existe um escritor que não seja leitor. Todo leitor é, por sua vez, um produtor de texto. Nós, escritores, escrevemos em uma folha de papel ou na máquina ou no computador, enquanto o leitor escreve naquilo a que os jesuítas chamavam de ‘folha de papel em branco da mente’”.
Santiago diz também que, ao ler, o leitor se apropria daquele mundo e o torna seu. Não apenas seu por estar dentro dele, mas seu como ele mesmo. “O processo de leitura é um exercício de alteridade. É você entrar em um determinado mundo que não é o seu, no qual se entra muitas vezes por um processo de surpresa. Você não esperava aquilo de maneira alguma e, de repente, entra e se encanta com aquele mundo. Quanto mais se entra naquele mundo, mais se apropria dele, mais torna aquele mundo você mesmo. O leitor sensível, inteligente, sempre conseguirá ver as relações estreitas entre aquilo que está lendo e a possibilidade de transformação, seja da realidade imediata, a realidade do mundo, seja ainda e, sobretudo, de si próprio.”
A literatura nos dá muito. Mas não promete nada. É o que disse Luís Henrique Pellanda, autor de O Macaco Ornamental(Bertrand Brasil), ao trocar de lado e responder a uma pequena entrevista para esta coluna. “A literatura não promete felicidade alguma — pelo menos não do tipo clássico, ou seja, o tipo imaginário — e não nos oferece garantias de finais felizes, nada disso. Ela nos amplia a vista de casa, nos mostra o outro — igual e diferente de nós — e exige que nos comparemos a ele, que nos analisemos e, de alguma forma, promovamos reformas internas”.
Ao responder à sua própria pergunta sobre o poder de transformação da literatura numa crônica recente, Pellanda disse lindamente: “Literatura, para mim, pode ser simplesmente a maneira como reordenamos, há milênios, as mesmas histórias, fabulação sobre fabulação, mentira sobre mentira, verdade sobre verdade, e o uso pessoal — íntimo, social, político, intelectual, espiritual — que fazemos delas. Se a literatura é capaz de mudar o mundo? Eu diria que o mundo em que vivemos, bom ou ruim, já é o mundo da literatura. Só ela dá conta das nossas histórias de amor”.
Beatriz Bracher, autora, entre outros, de Antonio e Azul E Dura, ambos publicados pela Editora 34, respondeu à mesma pergunta em duas etapas. Na primeira, no Paiol Literário, ela disse: “A arte pode transformar o mundo ou não, como muitas outras coisas, como as ideias e a política. Mas não acho que ela tenha uma proeminência nesse aspecto. Ela pode transformar o mundo simplesmente por fazer parte dele. Ela está aí. Agora, essa crença de que a arte transformaria radicalmente o mundo, que criaria um novo homem, que nos traria uma espécie de iluminação — não acredito nisso”.
“Por que é importante ler?” – ela pergunta a si mesma. “Não sei. Acho que ler um livro é importante para você não estar aqui nem agora. Para você não ser você por um tempo. Para você ser os outros e habitar outros lugares durante o tempo em que estiver lendo. E, quando você voltar ao aqui e ao agora, a você mesmo, voltará com os olhos muito mais aguçados. Eu saio de um livro sempre muito comovida, ou tocada, ou agressiva. Sempre me transformo de alguma maneira. Fala-se muito que temos uma grande afeição ao caos, que o mundo é informe e que a arte daria forma às coisas. Na verdade, temos pânico do caos. Nós não conseguiríamos viver sem alguma ordem na nossa história. E o que a literatura faz é desordenar um pouco isso, mostrar outras maneiras de organizar nossa vida”.
Beatriz foi para casa e continuou provocada pela pergunta. Enviou então um email a Pellanda. E um bem bonito: “Por que é importante ler? No nono e último círculo do Inferno, de A Divina Comédia, estão os traidores de seus hóspedes. Dante conta que eles estão perpetuamente imersos no gelo apenas com a cabeça de fora e os rostos voltados para cima, impedidos de continuarem a chorar, pois as lágrimas do ‘primeiro pranto, qual viseira de cristal’, congelam-se depois de inundar ‘do olho a cava inteira’. Fiquei pensando se a literatura também não é a possibilidade de abaixar o rosto e chorar de olhos fechados. Desprender-se de uma só dor e poder chorar, inclusive, a dor de muitos outros”.
Como se pode abrir mão de algo assim? Viver sem essa possibilidade? É Pellanda quem nos sacode: “Não ler, em muitos casos, é sintoma de preguiça e falta de condicionamento. Um mal prosaico. Muita gente não lê por levar uma espécie de vida mental sedentária. Aceitam que sua fome tão humana de fabulação seja alimentada pela TV ou pelosblockbusters e, com isso, apenas engordam sua passividade. Digo, de cara, que quem não lê perde a chance de se mostrar ativo em relação ao seu mundo e ao seu tempo. Perde vitalidade. Perde uma ótima oportunidade de se treinar para uma vida mais rica e, quem sabe, feliz”.
No Brasil, um país onde se lê tão pouco e onde metade dos adolescentes tem dificuldades para interpretar um texto, acredito que é preciso profanar a literatura. Aprendi isso com o poeta Sérgio Vaz, criador da Cooperifa, o maior sarau de poesias do país. Os livros precisam deixar de ser sagrados e virar matérias das ruas, tocados por muitas mãos, marcados por lágrimas, suor e gordura. Antes de iniciar a leitura, é preciso apalpar, cheirar, bolinar o objeto que contém a história – ainda que isso seja feito virtualmente. É importante perder o medo dos livros, um excessivo respeito. Incinerar para todo o sempre a ideia de que a literatura é território restrito dos que supostamente sabem mais e torná-la matéria permanente das nossas vidas. Espécie de feijão e arroz da alma.
Não importa o que você lê nesse primeiro movimento, importa que você comece a ler. Leia por prazer. Leia por temor. Leia por coragem e por inocência, fingindo desconhecer que não será o mesmo depois do ponto final. Ninguém precisa começar lendo Proust – nem mesmo precisa ler Proust alguma vez na vida, embora eu ache que vale a pena. Leia aquilo que lhe dá prazer – ainda que seja um prazer vindo do incômodo – e crie uma história só sua com os livros, movida pela sua própria busca. Vá à livraria ou à biblioteca como se fosse a uma festa de gente desconhecida – e até esquisita – e veja com quem tem afinidade, quem lhe sorri, mostra a língua ou um naco da coxa.
O melhor da literatura é que ela não nos dá nenhuma resposta. Nos dá algo muito melhor: nos dá novas perguntas. Perguntei a Pellanda de onde veio a indagação que motivou este texto. Ele respondeu: “De onde vem uma pergunta? De nossa compulsão por saber das coisas, uma compulsão imortal, que nunca será saciada, pois jamais saberemos de nada. E não é ela, essa incerteza sedutora, que nos leva a escrever e a ler? Já se tornou um clichê dizer que a boa literatura não nos responde coisa alguma, e que somente nos faz mais perguntas, apenas perguntas, e irrespondíveis. É um lugar-comum, ok, mas está correto. A última frase de A Montanha Mágica, de Thomas Mann, é uma pergunta e a usei como epígrafe de meu primeiro livro de ficção. Depois de mais de oitocentas páginas, não se conclui nada, e o narrador de Mann se pergunta: ‘Será que também da festa universal da morte, da perniciosa febre que ao nosso redor inflama o céu desta noite chuvosa, surgirá um dia o amor?’. Será? Não sabemos. Não há resposta possível, nunca houve. E a literatura é isso, fazer as perguntas difíceis, às vezes as constrangedoras. Como aquelas que as crianças nos fazem”.
Para mim não há vida sem literatura. E mais tarde, num outro dia, darei minha própria resposta à pergunta maior do Paiol Literário. Por enquanto, desejo a você que, em 2011, se arrisque mais. Leia. Se já tem intimidade com os livros, aprofunde-a. Tente um território novo. Fale sobre livros em vez de falar mal do chefe, do vizinho, do colega. Faça um favor a si mesmo: prometa que, no novo ano, jamais dirá que não tem tempo para ler.
Talvez a gente nunca saiba se a literatura é capaz de transformar o vasto mundo de fora. Mas podemos nos arriscar a descobrir – e esta é uma tarefa pessoal e intransferível – se a literatura é capaz de transformar o nosso mundo. O meu, o seu. Acredito profundamente que sim. Se tivermos a coragem de tentar, o mundo de dentro vai se alargar. E andaremos por aí carregando nosso próprio horizonte.
Termino com mais algumas ótimas frases de Luís Henrique Pellanda. E as pego emprestadas como meus votos de Ano-Novo:
– Quer dizer, você sabe ler e não lê? Onde é que você está com a cabeça? Achou seu espírito no lixo? Leia. Aproveite.


Texto iluminado de  ELIANE BRUM 
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua(Globo).(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)




sábado, 20 de novembro de 2010

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Consciência Negra

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Consciência Negra: "O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção donegro na sociedade brasileira..."

Consciência Negra


Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção donegro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia13 de maioAbolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da Princesa Isabel.

Veja esse vídeo e reflita...as imagens dizem muito...



O que é Consciência negra??? Pra você...

Para refletir .http://abutre236.wordpress.com/2008/04/17/aonde-voce-guarda-seu-racismo/


Encontrei esse vídeo ... de um programa nacional  que também me fez refletir sobre essas questões e fiz questão de compartilhar... será que estamos isentos do racismo? do preconceito? Não só de raças...E como nós educadores lidamos com isso??? Eduque a si mesmo primeiro...reveja-se...encontre as respostas dentro de você...
Onde Você Guarda o seu Racismo? 


A campanha Onde Você Guarda o seu Racismo? toca a alma do brasileiro.


Da Redação (01/05/2006)
A campanha Onde Você Guarda o seu Racismo? toca a alma do brasileiro. Lançada em dezembro do ano passado em nível nacional e promovida por um grupo de 40 Organizações Não-Governamentais (ONGs), a iniciativa quer estimular as pessoas a identificar seu próprio preconceito, para livrar-se dele. Quer incentivar a troca de idéias, mudanças de pensamentos, hábitos e atitudes além de estimular o sentimento coletivo de compromisso com a igualdade. O caminho? Revelar o perfil da desigualdade racial no Brasil, demonstrando e discutindo as várias formas de guardar o racismo, provando que todas elas são nocivas, destrutivas e contagiosas.


Pesquisa de opinião realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2003 mostrou que 87% dos brasileiros acreditam que há racismo no Brasil. Curiosamente, somente 4% dos entrevistados reconhecem que são racistas. Este é um dos pontos-chave da campanha: existe racismo sem racistas? A campanha é feita voluntariamente e vem sendo elaborada há três anos por um grupo de entidades reunidas na iniciativa Diálogos contra o Racismo.


Participam da coordenação do Diálogos contra o Racismo: Observatório da Cidadania, Ibase, Abong, Centro de Estudos Afro-Brasileiros-UCAM, Criola-Rio, CFEMEA, Comunidade Bahaí (Brasília), Fase (Rio), Instituto Patricia Galvão/AMB (SP), CESEC-UCAM (Rio), Rede Dawn (Rio), CEDEC (SP), Geledés / Instituto da Mulher Negra (SP), Inesc (Brasília), Redeh (Rio), SOS Corpo (Recife).


Participe, você também, promova diálogos na sua família, na sua escola, no seu trabalho ou na sua roda de amigos e amigas.


TÁ NA MÃO
Mais informações na página na internet do Diálogos contra Racismo: www.dialogoscontraoracismo.org.br


Então...eduque as crianças... um começo de sugestões para trabalhar com as crianças esse tema tão polêmico: 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Além da Lenda...

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Além da Lenda...: "Esse ano (2010), estou desenvolvendo um Projeto sobre o Folclore Brasileiro (ver mais em http://emperseuabramo.blogspot.com/) e tenho enfati..."

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Além da Lenda...

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Além da Lenda...: "Esse ano (2010), estou desenvolvendo um Projeto sobre o Folclore Brasileiro (ver mais em http://emperseuabramo.blogspot.com/) e tenho enfati..."

Além da Lenda...

Esse ano (2010), estou desenvolvendo um Projeto sobre o Folclore Brasileiro (ver mais em http://emperseuabramo.blogspot.com/) e tenho enfatizado, o trabalho com as Lendas , fato que está relacionado ao grande interesse da turma em histórias em geral, até mesmo pelo fator idade, mas são experiências que tenho procurado enriquecer e trazer significado para a turma (4 anos).
Em uma das atividades como já havia prometido contei a Lenda da Mandioca para as crianças em um ambiente previamente organizado para esse propósito, trouxe a raiz para a sala e apresentei, fizeram observações sobre a terra existente na casca, a cor branca e relacionaram com a Lenda.Experimentaram ela crua, alguns gostaram e pediram mais , outros não gostaram. Depois , expliquei que é usada até hoje em muitos tipos de alimentação e apresentei a raiz cozida com manteiga.Primeiro sentimos o cheiro, que destacaram ser muito gostoso, lavamos as mãos, e degustaram pequenos pedaços e quem quisesse pegaria mais, pedaços maiores. Apenas uma criança não provou , nem comeu, os outros pelo contrário, comeram e se fartaram, deixei á vontade durante o dia e comiam quando sentiam vontade... foi muito gostoso esse momento, quando alguém aparecia (pais, outras professoras , colegas) ofereciam mandioca e falavam alvoroçados sobre a atividade. É uma experiência que foi marcante para o grupo porque foi pensado com carinho para eles.



A Lenda da Mandioca
Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa

de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter

engravidado misteriosamente. Parentes longíquos iam levar-lhe comida
para seu sustento,assim a índia viveu até dar a luz a um lindo menino,
muito branco o qual chamou de Mani. A notícia do nascimento se
espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as
dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se
rendeu aos encantos da linda criança a qual se tornou muito amada por
todos. No entanto , ao completar três anos, Mani morreu de forma
também misteriosa , sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e
enterrou o filho perto da cabana onde vivia e sobre ele derramou seu
pranto por horas. Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas
ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca. Todos
vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas
em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança
que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente
alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda
a região.


Mas existem outras lendas diferentes...
Câmara Cascudo acrescenta que o nome mandioca advém de Mani + oca, significando casa de Mani. É, segundo este autor, um mito tupi, recontado em obras posteriores como Lendas dos Índios do Brasil, de Herbert Baldus (1946), e Antologia de Lendas dos Índios Brasileiros, de Alberto da Costa e Silva (1956).[7]

[editar]                      (ver wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Mandioca)


                                                             Percebendo a terra na casca...



                                                 Experimentando a raiz cozida com manteiga...

Nove maneiras de ser um professor mais eficiente...

1. SÃO OS ALUNOS QUE IMPORTAM

Alguns professores sentem-se extremamente orgulhosos de seus cargos. E dá até para entender a razão. Afinal, são anos e anos de pesquisas e estudos para estar ali, naquela sala de aula. E agora aqueles alunos seriam os sortudos que iriam beber da sabedoria dele por todo ano letivo. Aqueles que pensam assim estão construindo uma imensa barreira entre eles, os estudantes e o aprendizado. Os melhores mestres vêem a si mesmos como guias. Eles compartilham o que sabem, porém entendem que eles não são o foco principal daquela sala de aula. Seus discípulos o são. Não se deve perguntar "o que eu vou fazer hoje", mas sim "o que eu espero que meus alunos façam/aprendam hoje". O planejamento do dia fica muito mais fácil.

2. ESTUDE OS ESTUDANTES

Imagine um professor entrando em sala de aula dizendo: - Bom, abra seu livro na página... na página que vocês encontrarem essa matéria. Nada pior para a imagem, não é mesmo? Se é importante conhecer o material didático, imagine entender seus alunos. Que, ao contrário dos livros, não são feitos em série. Cada um possui uma particularidade, algo que o faz único. É fácil imaginar que é complicado descobrir o que cada um deseja, o que motiva seus estudantes. Mas faça uma analogia. Imagine que um amigo que mora longe lhe telefona. Ele diz que está em sua cidade e quer fazer-lhe uma visita, como se chega em sua escola? Qual a pergunta que você faz nessa situação? - Você está perto do quê/em que rua? Logo em seguida, pergunta se ele está a pé ou de carro. A partir daí, pode indicar o caminho certo para se encontrarem. Da mesma forma, seus alunos. Se você quer que eles tenham aprendido alguma coisa no final do ano, primeiro descubra onde estão, quais os recursos que possuem.

3. SE VOCÊ QUER QUE ELES SE ARRISQUEM, OFEREÇA SEGURANÇA

Parece estranho, mas aprender pode ser uma atividade desconfortável. Os discentes têm que descobrir o que eles não sabem, jogar fora muito daquilo que eles achavam que sabiam. Brasílio NetoPor isso, crie um ambiente de segurança. Iluminação e cores corretas ajudam, além de diversos outros detalhes ao alcance do professor: A - Decore as paredes com os trabalhos dos alunos, ou fale sempre nos exemplos e nos casos que eles trazem para sala. A idéia é fazer com que a sala de aula seja um lugar que pertença a eles, alunos. B - Da mesma maneira, crie um pequeno ritual para início de aula. Pode ser algo simples, como entrar e dar bom dia de determinada maneira, ir até um ponto da sala e sorrir. Com isso, os alunos percebem, inconscientemente, que eles estão em terreno conhecido e que não há o que temer.

4. VULNERABILIDADE NÃO COMPROMETE A CREDIBILIDADE

Um professor não precisa ter todas as respostas. Se você disser "eu não sei", isso não significa que sua classe vai acreditar menos em você. Ao contrário, seus alunos irão admirá-lo ainda mais.

5. REPITA OS PONTOS IMPORTANTES

O norte-americano William H. Rastetter foi professor da Universidade de Harvard antes de ser chamado para dirigir uma grande empresa. Ele passa uma regra para seus colegas: "A primeira vez que você diz alguma coisa, as pessoas escutam. Se você fala uma segunda vez, as pessoas reconhecem aquilo; e se você fala uma terceira vez, elas aprendem." O desafio é fazer isso de forma que você não se torne chato ou repetitivo. Mude as palavras, passe conceitos através de exercícios e experiências. Use sua criatividade.

6. BONS PROFESSORES FAZEM BOAS PERGUNTAS

Fazer perguntas que se respondam com "certo" ou "errado" não estimula uma boa discussão em sala de aula. Procure fazer perguntas abertas. Por que isso funciona assim? Qual a razão dessa reação/atitude? E se fizéssemos de outra maneira?

7. ESCUTE MAIS DO QUE FALA

Ao lecionar, aquilo que você faz é tão importante quanto aquilo que você diz. E escutar o que seus alunos têm a dizer significa que você se importa com eles, que leva em consideração as idéias da classe. Permita momentos de silêncio em sala de aula, eles significam que o conhecimento está sendo processado. E lembre-se, nem sempre seus alunos se comunicam por palavras. Fique atento aos sinais não escritos, como olhares, movimentos, entre outros.

8. PERMITA QUE OS ALUNOS ENSINEM ENTRE SI

Você não é a única fonte de conhecimento disponível a seus alunos. Eles também aprendem entre si. Uma turma de alunos funciona como um triângulo de aprendizado, no qual o professor é apenas um vértice. Use essa força a seu favor. Dê a seus alunos pequenos textos, e peça que eles o interpretem entre si para responder uma questão. Naturalmente eles escutam mais uns aos outros para encontrar a solução mais adequada.

9. PAIXÃO E PROPÓSITO

O que faz a diferença entre um bom professor e um excelente professor não está nos cursos feitos, não aparece nas teses defendidas nem nas pesquisas feitas. Independe dos anos de profissão. É a paixão pelo lecionar, por estar ali, todos os dias. É algo que contagia os estudantes e que não pode ser fingido. Se você possui essa vontade para passar-lhes algum conteúdo, só falta informar-lhes o que deve ser aprendido. Faça com que todas as pessoas na sala de aula tenham um objetivo comum. Para que é necessário aprender aquilo? Exatamente o que a classe deve saber de novo até o final do ano?
Fonte: Rede Pitágoras

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: A MARAVILHA DOS CONTOS (Projeto)

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: A MARAVILHA DOS CONTOS (Projeto): "PROJETO - A MARAVILHA DOS CONTOS EIXO CURRICULAR - CULTURA E LINGUAGENS Projeto realizado no ano de 2009 - Turma do Primeiro ..."

A MARAVILHA DOS CONTOS (Projeto)

PROJETO -           A MARAVILHA DOS CONTOS    

EIXO CURRICULAR - CULTURA E LINGUAGENS

Projeto realizado no ano de 2009 - Turma do Primeiro ano do ciclo

JUSTIFICATIVA :

“A imaginação é o alimento. É o diferencial pessoal, o lance divertido, o desencadeante lúdico. O criativo. Através dela saltitam idéias, possibilidades, relações, brecadas,etc. Por ela e dela, acontece o crescimento dos personagens e surgem os conflitos , pipocam os caminhos e bifurcações da trama, o surgimento dos temas e sub –temas”. ( Fanny Abramovich)

A função da escola é oportunizar momentos onde a criança entre em contato com o mundo social. Atualmente com a idéia de ciclos , a questão da alfabetização tem sido o foco de uma problemática. Muitas crianças tem chegado em séries mais avançadas sem fazer uso social da leitura e escrita, o que dificulta seu desenvolvimento em outras áreas de aprendizagem. Sendo assim, procuramos enfatizar com esse projeto o enriquecimento da capacidade  linguística, o que envolve não apenas a escrita mas a leitura, já que antes de saber o que está escrito a criança já realiza uma leitura e, consequentemente, se gosta do que vê ou escuta, interessa-se em buscar novas informações e passa a registrá-las graficamente.
Compreendemos que para tanto,esse processo de aquisição do sistema linguístico  deve ser prazeroso, dinâmico, possibilitar conhecer a língua , suas características,funções de maneira sistematizada e lúdica ,para então, descobrir como ela é elaborada. Essa relação é pertinente , para incorporar a criança na cultura escrita e não simplesmente despejá-la.
Logo vimos que para contemplar tais propostas encontramos nos  contos em geral, um bom caminho , já que despertam grande interesse nas crianças, por suas características que permitem á elas exercitar seu imaginário, despertar relações emotivas e de identificação; além disso, por sua própria estrutura textual, sendo um  ótimo modelo para a construção linguística da criança, que possibilita ao professor diferentes situações para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita de maneira significativa e prazerosa, o que deve ser uma constante preocupação do professor em sala de aula. Tornando esse ingresso da criança no mundo letrado, uma consequência natural prazerosa-construtiva e portanto, eficiente onde ela interaja com o texto buscando a comprensão e não uma obrigação á simples aquisição do código.


OBJETIVOS:
-  Ouvir, contar , recontar,acessar , apreciar e criar histórias;
- Perceber a leitura como fonte de prazer e informação;
- Apropriar-se do significado simbólico da língua por meio de situações lúdicas;
- Interessar-se pela leitura, interpretação e dramatização literária;
- Exercer preferências e autonomia diante da leitura;
- Ampliar vocabulário, a fluência no falar e a organização progressiva de idéias;
- Explicitar idéias sobre o código linguístico, avançando em suas hipótese de leitura e escrita;
- Favorecer situações de escrita com base em textos memorizados, produzindo textos coletivos e individuais;


ETAPAS PROVÁVEIS:
- elencar com o grupo histórias conhecidas;
- realizar uma votação na sala para escolher os contos preferidos da turma;
- registrar a lista no caderno para consulta;
- realizar a leitura do conto pelo professor(portador/ livro);
-realizar a leitura coletiva e individual onde cada aluno receberá uma cópia do texto para leitura e acompanhamento;
- sugerir o reconto da história pelos alunos, levantamento de idéias , opiniões e sugestões;
- leitura de outras versões do conto escolhido; (utilizar variadas mídias, recursos dramáticos... )
- destacar do texto trechos significativos em cartazes;(primeiramente registrado pelo professor mais tarde pelas crianças);
- selecionar e realizar atividades sobre o conto considerando as linguagens oral, escrita e artística ... e a própria hipótese da criança;(pesquisas,listas de personagens,fantoches...);
- trabalhar características físicas e de personalidade das personagens;
- direcionar a exploração de temas problematizadores que possam surgir durante o trabalho com o conto;


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:
- Todo material utilizado e desenvolvido deve ser colocado a disposição do aluno em locais acessíveis para consulta sempre que tiver interesse e necessidade, tornando a sala de aula um local provocador da cultura linguística;
- Organizar momentos de leituras diversas, livres e direcionadas de poemas , contos, fábulas, revistas para diferentes públicos, jornais, quadrinhos, para que a criança tenha  pontos de referência literária para comparação e reflexão linguística;
- sempre ensinar e trabalhar com as estratégias de leitura utilizadas pela criança e pelo leitor fluente, mas orientar e fazer encaminhamentos sempre que for preciso, a criança sempre precisa de um modelo ou direção para poder avançar, seja pela fala do professor, pela observação do  amigo , pelas práticas constantes em sala de aula, cabe ao profesor oportunizar tais momentos;
- preparar momentos tendo o foco na leitura e outros na escrita ;
- sugerir a reescrita dos contos ou criar textos próprios se perceber que o aluno já encontra-se nesse momento, para tanto sempre que possível, organizar atividades em grupos ou parcerias, agrupamentos produtivos, ou seja , ajustadas ao nível de aprendizagem do aluno, intervindo quando necessário;

RECURSOS NECESSÁRIOS PARA O BOM ANDAMENTO DO TRABALHO:
- Muitos e variados livros, revistas, jornais, portadores em geral;
- televisão , aparelho de Dvd , dv`s dos contos a serem trabalhados,rádio, máquina fotográfica,filmadora,retroprojetor,revelação de fotos, suporte para livros e sulfitão;
- fantoches, fantasias, máscaras, perucas, etc...;
- materiais para criação artística: E.V.A de diferentes cores, tecidos diversos (TnT,morin,feltro, papéis:(fotocópias,sulfite,cartolina,sulfitão,crepom,cartão,colorset,seda,linguagem...) canetas hidrográficas,tesouras,varetas,cola quente, velcro,pincéis,lastec,tintas (guache, para tecido,acrílica,), furador, cortador,arame para encadernação...


PRODUTO FINAL:
- CONFECÇÃO DE UM LIVRO DE RECONTOS E/OU PRODUÇÃO DAS CRIANÇAS.


AVALIAÇÃO:

“...enquanto é avaliado, o educando expôe sua capacidade de raciocinar e criar histórias, seu modo de entender e de viver.(..). Nós professores, temos de acolher os acertos e os erros do aluno para ajudá-lo a progredir”. (Luckesi)

A finalidade da avaliação implica em momentos de observação atenta,focada e reflexão crítica sobre a ação pedagógica e o conhecimento que o aluno apresenta, suas dificuldades e avanços possibilitando dar continuidade ao trabalho, pular etapas , rever e até propor novos encaminhamentos,visando os objetivos destacados pelo professor.
Neste projeto a avaliação acontecerá da seguinte forma: avaliaçao inicial, onde o professor poderá perceber o que o aluno realmente já conhece e o que poderá fazer para que o aluno avance; a avaliação processual, onde serão feitas observaçôes durante a realização das atividades, anotações sobre o que foi observado, o próprio registro gráfico do aluno , fotografias de momentos e ou atividades específicas, a participação , os interesses, superações ou não, serão objetos de avaliação constante, (nesse momento o professor poderá avaliar seu trabalho e ver resultados ou buscar novos meios de atingir seus objetivos e provocar de fato aprendizagens significativas para seu grupo); a avaliação final, onde com ajuda de todos os instrumentos coletados durante o desenvolvimento do trabalho, o professor destaca o que foi aprendido de fato e se os objetivos foram alcançados.
Alguns pontos que podem ser observados e servir de orientação durante esse trabalho:
- se existe interesse da criança pelo assunto;
- quais as preferências literárias e por quê a escolha;
- se localiza recursos para leitura e os utiliza em seu dia-a-dia, quais são eles;
- se compreende o que é lido, ou o que lê;
- se expõe idéias ou faz associações durante uma discussão sobre algum tema;
- se tem clareza em sua exposição;
- se mostra avanços em suas hipóteses de leitura e escrita;
- se cria frases ou textos com ou sem ajuda;

 Desse trabalho surgiram a produção de 5 livros; 

1- Livro de Produção da turma ( Cada criança criou sua história e sua biografia)

2 - Livro de Recontos das Lendas Brasileiras mais conhecidas

3 - Livro de Receitas com envolvimento das mães das crianças;

                                             4- Livro de atividades sobre os Contos Clássicos 

5 - Livro de Contos em Quadrinhos ( onde trabalhei a intertextualidade, ver planos de aulas e atividades das crianças já postado aqui anteriormente)  


Logo, podem notar que o trabalho quando é interessante para turma e pais acaba superando nossas expectativas,  e foi o que aconteceu comigo minha parceira ( Prof. Sônia ) e essa turminha!!!

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Projeto de Incentivo á Leitura

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Projeto de Incentivo á Leitura: "O Itaú Criança desde 2006 contribui com os direitos de crianças e adolescentes por meio de ações para a melhoria da qualidade da educação, d..."

Projeto de Incentivo á Leitura

O Itaú Criança desde 2006 contribui com os direitos de crianças e adolescentes por meio de ações para a melhoria da qualidade da educação, dedicando o mês de outubro ao estímulo de gestos concretos para a causa. Neste ano, o foco do programa é o incentivo à leitura para crianças de até 6 anos.

Você pode, através do seu cadastro no sitewww.itau.com.br/lerfazcrescer, receber grátis em sua casa um kit com a Coleção Itaú de Livros Infantis. No site você também encontra dicas para que possa promover a Contação de Histórias para crianças de seu convívio ou de comunidades, escolas e entidades sociais.
No twitter, a campanha está usando a tag #lerfazcrescer.
Texto ACIMA retirado do próprio site. O site também é uma graça!!! Vale a pena!!!
E podem acreditar , eu recebi  e a coleção é muito fofa...e já li dois para a minha turminha.Como tenho um trabalho com biblioteca Circulante, onde os pais estão envolvidos também, vou divulgar para eles incentivando o acesso.   São 4 livros infantis:  
- JOGO DA PARLENDA;
- LOBISOMEM;
- BEM-TE-VI;
- OS TRÊS PORQUINHOS.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Debate de GIGANTES...(VÍDEO)

Trechos e Trilhas...Retratos do percurso...: Debate de GIGANTES...(VÍDEO): "Paulo Freire & Seymour Papert - Parte 7 de 7 Esse é um vídeo que selecionei , principalmente se você é um professor preocupado em desenvolv..."

Debate de GIGANTES...(VÍDEO)

Paulo Freire & Seymour Papert - Parte 7 de 7

Esse é um vídeo que selecionei , principalmente se você é um professor preocupado em desenvolver as novas tecnologias  dentro da escola de forma efetiva, mas que vale a pena ser assistido do início ao fim por todos os professores comprometidos com a mudança... pois é repleto de temas atuais (INFELIZMENTE??? pois essas questões já deviam estar resolvidas???!!!) destaquei apenas a última parte , onde debatem sobre um desafio de mudar a ESCOLA como está e trazer a tecnologia para dentro da escola de modo realmente importante para AUXILIAR o aluno na CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO, fato, que ainda depois de tantos anos , estamos tão distantes...as salas de informática , não servem para auxiliar o conhecimento, não existe apoio verdadeiro ao professor e principalmente ao aluno , as salas simplesmente existem... ( quando existem) um dos aspectos para se pensar, se desejamos mudanças reais na educação...
O Mundo mudou ...avançou tecnológicamente e as escolas PÚBLICAS continuam no mimiógrafo...???!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ou pior GIZ E LOUSA???? 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Imagens de criança...

Algumas imagens do trabalho com quadrinhos feita por crianças de 6 anos de período integral de Diadema


                                      Adaptação ou melhor,  uma releitura do Conto Cinderela.

PLANO DE AULA – Contos em Quadrinhos

                                                                                                                        
INTRODUÇÃO:

Nos dias atuais os textos não têm por base apenas a linguagem verbal; a linguagem não- verbal está presente em vários contextos de comunicação. Por associar imagens a textos, as HQs tornam possiveis a leitura sem que se leia convencionalmente, alia-las as narrativas tradicionais torna a atividade proposta ainda mais interessante se analisado do ponto de vista das crianças, já que demonstram grande interesse nesse gênero textual.

PÚBLICO ALVO:

Alunos do 1º ano do ciclo - fundamental

NÚMERO DE AULAS:

12 aulas

PERFIL:

Sala heterogênea com 25 alunos, sendo que, pouco mais da metade, 18 alunos já produzem recontos e criações próprias, questionando a escrita ortográfica em relação ao falado e escrito. O restante da turma está em transição entre as fases silábica com valor sonoro e alfabética, realizando a escrita de frases simples e a reescrita de textos curtos.
As crianças são muito interessadas por leitura e reescritas em geral, gostam também de desenhar e experimentar novas técnicas artísticas, muito críticos, atentos e participativos nas atividades desenvolvidas em sala.

OBJETIVOS:

Com este plano de aula, pretende-se que os alunos sejam capazes de:

·         Refletir sobre as várias possibilidades de expressões linguisticas;
·          aprimorar capacidades de domínio da leitura e escrita;
·          ampliar a compreensão de textos verbais e não-verbais;
·         Criar textos que relacionem imagem e diálogo de forma criativa e lúdica;
·         Aprender a criar histórias com o portador textual quadrinhos, usando a intertextualidade com os contos tradicionais;
·         desenvolver capacidades de observação e  decifração;
·         Desenvolver uma história que conjugue texto e imagem;
·         Perceber a diferença de linguagem utilizada no texto literário e na História em quadrinhos;
·         Identificar os tipos de recursos que caracterizam a História em Quadrinhos e saber utilizá-los em suas produções;

CONCEITOS TEÓRICOS:
De acordo com os textos discutidos e analisados durante o curso, fica evidente a necessidade de se trabalhar os diversos gêneros textuais, pois oferecem aos alunos uma gama de referências linguísticas  que lhes permitem uma melhor reflexão e utilização dos recursos textuais dentro e fora da escola.
Não é mais admissível restringir o trabalho com a língua portuguesa à decodificação. Existem vários aspectos a serem considerados no trabalho lingüístico: desde a realidade do aluno, suas vivências culturais e sociais, até aspectos históricos e avanços tecnológicos da sociedade, fatores que não podem estar isolados do ambiente escolar. ...Sendo assim, a escola tem como dever social, enquanto agente mobilizador de conhecimentos, estar conectada a todos esses aspectos e contextualizar suas ações ao que está posto na atualidade e vivência de seus alunos.
As discussões das agendas fizeram com que esse plano de aula inicial fosse readaptado visando uma reflexão mais abrangente sobre a questão da alfabetizãção e letramento. Tendo como ponto de partida a idéia de que o aluno traz muitas referências extra escolares e possui um mundo de imagens e escritas do qual já faz parte e deve ser respeitado e refletido em sala de aula para acrescentar e reorganizar  seus conhecimentos.
Logo, partimos da perspectiva dos textos multimodais para melhor direcionar esse trabalho, onde a diversidade expressiva permite um melhor diálogo com a criança que mesmo sem saber decifrar o código escrito, utiliza-se de diferentes recursos gráficos para dar sentido ao que está a sua volta. Na leitura utiliza-se desse mesmo procedimento. Logo, é imprescindível oferecer leituras, das mais diversas, desde cedo na escola, permitindo um maior campo de possibilidades para sua compreensão e apreensão dos conhecimentos da sociedade.
O trabalho com os contos parte das referências culturais das crianças que se identificam com o gênero, são conhecimentos acomodados e confortáveis para a criança por mobilizar a imaginação, fator característico da idade. Os quadrinhos promovem a representação do cotidiano e sua relação entre imagem e texto o que permite a criança independente do seu nível de leitura e escrita, compreender seu conteúdo, a idéia que está sendo transmitida, mesmo que organizadas a partir de suas vivências.
Encontramos, portanto, nessa união de gêneros um caminho bastante enriquecedor e dinâmico para desenvolver a reflexão linguística em sala de aula, sabendo-se claro, que muitos aspectos podem ser explorados, dependendo do grupo e do direcionamento do professor, como por exemplo, o respeito as variedades linguísticas, muito discutidas durante o curso. Entretanto, diante da faixa etária acreditamos que o foco deva estar em conhecer os gêneros e caracterizá-los, além de impulsionar a criatividade e interesse nas diferentes maneiras de expressar-se linguisticamente, utilizando-se da intertextualidade, inserindo conceito de Paródia, o que propõe á criança exercitar seu repertório textual sem que omita suas impressões individuais a respeito do texto, focalizando práticas cognitivas e imaginárias. Resultando em autêntica expressão, ou seja, a criança deixa sua marca pessoal sem perder de vista conhecimentos estruturados da lingua.





RECURSOS DIDÁTICOS:

Livros dos contos tradicionais: Três porquinhos, Chapeuzinho Vermelho e Branca de neve;
Apresentação de outras versões desses textos;
Utilizar as versões desses contos escritos e ilustrados por Mauricio de Souza;
Tirinhas de histórias em quadrinhos da Turma da Mônica;
Papel kraft; hidrocor; lápis de cor; réguas;lápis grafite;color set;cola;tesoura;fita adesiva;
Fotocópias;computador com internet;impressora;


PROCEDIMENTOS:
ü  Leitura de livros e versões das histórias já destacadas; (anexo 1)
ü  Leituras de gibis da Turma da Mônica incluindo a intertextualidade com os contos e subversões realizadas em Contra das Fadas; (anexo 2)
ü  Questionar e orientar os alunos sobre o material de leitura utilizado, oferecendo pistas para que eles descubram e comparem essas modalidades literárias (HQ e Contos);
ü  Questionar sobre as diferenças da narrativa em um texto literário e nos quadrinhos fazendo em papel pardo um painel comparativo;
ü  Apresentar em um cartaz os diversos tipos de balões e seus respectivos significados;
ü  Distribuir uma história em quadrinhos sem os balões para serem desenhados pelos alunos em duplas, permitir também que o inverso aconteça, onde a partir dos balões as crianças ilustrem as falas;
ü  Escolher um conto literário para fazer o reconto coletivamente trabalhando as questões da oralidade e da escrita;
ü  Sugerir que realizem o reconto no formato HQ e façam modificações caso sintam-se interessados;
ü  Dividir a sala em 3 grupos e orientar as equipes para transformar cada um dos contos em história em quadrinhos (baseados em um dos três contos citados) usando adequadamente os conhecimentos trabalhados sobre a características dos quadrinhos;
ü  Cada equipe apresenta sua história para classe lendo e expondo a produção no mural da sala;
ü  Após as apresentações fazer as reescritas coletivamente com o intuito de melhorar os textos que deverão ser xerocados e distribuídos para a turma com as devidas revisões;



ESPERA-SE QUE:

Estas atividades contemplem o estudo e aprendizado de dois diferentes gêneros textuais: narrativas e quadrinhos, proporcionando um diálogo entre ambos, deixando em evidência as possibilidades criativas e expressivas de cada um deles onde a criança em contato com essa opção linguística, veja-se motivada a criar novas estratégias de leitura e habilidades de escrita.




Sugestões para colaborar com o trabalho emsala de aula

-Quantos personagens participam da história, o que estão fazendo...
-Apresentar os quadrinhos em branco para que as crianças imaginem e contem sobre o que os personagens podem estar conversando.
-Montar com os alunos as falas para os quadrinhos
-Mostrar a tirinha original e ler com a turma a história. Fazer a comparação entre a história criada e a original.
-Escrever as falas dos balões formando um texto.



Sugestão de questionamentos e intervenções:


       Você já deve ter lido algumas histórias em quadrinhos. Já reparou bem como elas são coloridas,           movimentadas?
     Já percebeu também que, na maioria das vezes, os textos das histórias ficam dentro de balões?
     Vamos conhecer um pouco sobre esses “balões”?
     Veja como eles podem ser de diferentes formatos.
     E que esses ‘balões’ são de tamanhos e formatos diferentes?
     Por que será que eles são desse jeito? 

Links que foram usados e podem contribuir:



- Vídeo :Os três porquinhos – walt Dysney (musicado)



-http://www.monica.com.br/comics/bolo/pag17.htm - A História de Branca de Bolo   


- Vídeo de uma atividade de  um dos alunos após esse trabalho:

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